Principais tipos de investimentos em renda fixa

Descubra como fazer seu dinheiro trabalhar para você de forma estável e segura. O texto abaixo explora as principais dúvidas que todo investidor iniciante tem ao entrar no mundo da renda fixa.

Publicado em: 2023-08-23T20:29:50+0000

Atualizado em: 2024-01-15T12:43:19+0000

Imagem de família economizando dinheiro no porquinho.

O que são e quais são os investimentos de renda fixa?

Os Investimentos de renda fixa são modalidades onde você empresta seu dinheiro para uma instituição (governo, banco ou empresa) em troca de juros ao longo do tempo. A rentabilidade pode ser predefinida ou vinculada a índices, proporcionando estabilidade e segurança, sendo uma opção atrativa para quem busca retornos mais previsíveis.

Abaixo estão alguns dos principais tipos de investimento em renda fixa disponíveis no Brasil:

  • Tesouro Direto
  • Certificado de Depósito Bancário (CDB)
  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
  • Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
  • Letra de Câmbio (LC)
  • Debêntures
  • Fundos de Investimentos de Renda Fixa
  • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)
  • Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
  • Letras Financeiras

Tesouro Direto são títulos públicos emitidos pelo governo federal, considerado um dos investimentos mais seguros do país. Existem diferentes tipos de títulos, como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, cada um com características específicas.

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Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por bancos para captar recursos. O investidor empresta dinheiro ao banco e recebe o valor acrescido de juros ao final do prazo estabelecido.

Letra de Crédito Imobiliário é um título emitido por instituições financeiras com o objetivo de financiar o setor imobiliário. É isento de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Letra de Crédito do Agronegócio é similar à LCI, porém os recursos são destinados ao financiamento do agronegócio. Também é isento de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Letra de Câmbio são títulos emitidos por financeiras, funcionando de forma similar ao CDB. O investidor empresta dinheiro à instituição financeira e recebe o valor corrigido ao final do prazo.

Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas privadas para captar recursos. O investidor empresta dinheiro à empresa e recebe juros e o valor principal no vencimento.

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Fundos de Investimentos de Renda Fixa são fundos de investimento que aplicam em diversos ativos de renda fixa, como títulos públicos e privados. Podem ter diferentes graus de risco e rentabilidade.

Certificado de Recebíveis Imobiliários são títulos lastreados em recebíveis imobiliários, permitindo que empresas do setor imobiliário antecipem seus recebimentos.

Certificado de Recebíveis do Agronegócio é semelhante ao CRI, mas lastreado em recebíveis do agronegócio.

Letras Financeiras são títulos de dívida emitidos por bancos de grande porte, com prazos mais longos e comumente atrelados ao IPCA.

Onde encontrar e como investir em renda fixa?

Investir em renda fixa é relativamente simples e pode ser feito por meio de diversas instituições financeiras, como bancos, corretoras e plataforma de investimento on-line.

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O primeiro passo é abrir uma conta, caso ainda não tenha uma. A abertura da conta pode ser presencial ou via aplicativos on-line. O processo geralmente é bem simples e envolve fornecer documentos de identificação e preencher formulários.

Uma vez que a conta está aberta, basta escolher o investimento de renda fixa desejado, para poder fazer a alocação de recursos.

As ofertas de investimentos em renda fixa são diferentes para cada instituição financeira. Então, antes de investir, é importante fazer uma pesquisa para entender as opções disponíveis e comparar taxas, prazos e rentabilidades.

Quanto vou receber de juros?

Para calcular quanto você receberá em juros de um investimento, é necessário considerar alguns fatores-chave, como o valor investido, a taxa de juros, o prazo do investimento e o tipo de indexação (pré ou pós-fixada).

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Aplicando R$ 1.000,00 em um CDB a uma taxa pré-fixada em 10,0% a.a, o valor bruto no vencimento será de R$ 1.100,00, o que representa um rendimento de R$ 100,00 depois de um ano.

No momento do resgate, é relevante considerar o imposto de renda retido na fonte, que possui uma alíquota de 17,5%, para o prazo de um ano (acima de 360 dias). Dessa forma, você receberá de juros R$ 82,50, além do principal investido.

Usar uma calculadora de juros compostos pode ajudar muito a prever o quanto você receberá de juros em diferentes tipos de investimentos.

Quando vou ter o dinheiro investido de volta?

Os prazos nos investimentos em renda fixa podem variar consideravelmente, dependendo do tipo de investimento que você escolher. Aqui estão alguns exemplos de prazos comuns para diferentes tipos de investimentos em renda fixa:

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Tesouro Direto: Os títulos públicos do Tesouro Direto têm prazos variados, desde títulos com vencimentos curtos, como Tesouro Selic (que acompanha a taxa Selic e pode ser resgatado a qualquer momento), até títulos com vencimentos mais longos, como Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.

CDB, LCI, LCA e LC: Esses investimentos podem ter prazos que variam de alguns meses a vários anos, dependendo das condições específicas de cada emissão. Alguns CDBs podem ter liquidez diária, permitindo que você resgate seu dinheiro a qualquer momento, enquanto outros podem ter prazos mais longos.

Debêntures: O prazo das debêntures pode variar amplamente, geralmente variando de 2 a 10 anos ou mais. É importante verificar o prospecto da emissão para entender o prazo específico de cada debênture.

Fundos de Investimento de Renda Fixa: Os fundos de renda fixa podem ter diferentes prazos de resgate, dependendo das regras estabelecidas pelo gestor do fundo. Alguns fundos permitem resgates diários, enquanto outros podem ter prazos mais longos.

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Letras Financeiras: As letras financeiras geralmente têm prazos mais longos, podendo variar de 2 a 10 anos ou mais, dependendo da emissão.

CRI e CRA: Esses podem ter prazos diversos, geralmente variando de 2 a 10 anos ou mais, dependendo do projeto de financiamento.

Cada instituição financeira possui autonomia para definir os prazos para cada tipo de investimento. Portanto, é importante ficar atento aos prazos e escolher aquele investimento que melhor se adequa ao seu perfil e metas financeiras.

Preciso declarar o investimento de renda fixa no imposto de renda?

Sim, investimentos em renda fixa precisam ser declarados no Imposto de Renda, mesmo que não tenham sido resgatados. A declaração é obrigatória para informar à Receita Federal sobre os rendimentos obtidos com esses investimentos.

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Ao fazer a declaração do Imposto de Renda, você deve informar os saldos e rendimentos de todas as aplicações de renda fixa que possui, como CDBs, LCIs, LCAs, títulos públicos, entre outros. Os valores devem ser declarados de acordo com as informações fornecidas pelos bancos ou instituições financeiras.

Existem campos específicos na declaração do Imposto de Renda destinados a informar os investimentos de renda fixa, como "Bens e Direitos" e "Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva". No caso de investimentos com rendimentos sujeitos à tributação, como CDBs, será necessário informar os valores investidos e os rendimentos obtidos.

Lembre-se de que, em alguns casos, os próprios bancos e corretoras podem fornecer um informe de rendimentos contendo todas as informações necessárias para preencher sua declaração de Imposto de Renda. Esses informes são úteis para garantir a precisão das informações declaradas.

Caso você tenha investimentos isentos de Imposto de Renda, como LCIs e LCAs, é importante informar esses valores na declaração, mesmo que não haja tributação. Isso ajudará a Receita Federal a verificar a consistência das informações.

Para garantir a exatidão na declaração do Imposto de Renda, é altamente recomendável buscar o auxílio de um contador ou profissional especializado. Manter os registros e informar corretamente seus investimentos é fundamental para evitar problemas futuros com a Receita Federal.

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